Friday, April 20, 2007

Afirmação

Somos seres sociais. E a necessidade de pertença a um grupo parece ser uma característica de espécie. Partilhamos vivências e tornamo-nos mais semelhantes, moldamo-nos para em conjunto funcionarmos melhor. Num grupo de pares o sujeito deve integrar-se, não anular-se. E no equilíbrio entre os ideais do grupo e os pessoais é que se imprime a mudança, que convém positiva. Há vários grupos com diversos modos de estar, culturas. As semelhanças à partida, a aceitação da heterogeneidade, determinam o lugar do sujeito.

2 comments:

Anonymous said...

Acho que esta nossa socialidade, tendencialmente inevitável, é uma verdadeira maldição. 99,9% das pessoas com quem temos de conviver diariamente contribuem drásticamente para a diminuição da nossa confiança na Humanidade, para a nossa aptência para a misantropia, para o aumento do risco para a integridade física de quem nos dirija a palavra de maneira que não nos caia no goto num dia mau e, em última análise, para a diminuição da nossa esperança de vida! O convívio forçado - e qual é que o não é? - faz-nos pensar que a solidão é uma benção, uma meta ao alcance de poucos.
Não acredito que melhoremos por conviver. É o contacto com outras pessoas que nos faz pensar mal da Humanidade. Não há filosofia nem sistema axiológico que resista a dois ou três energúmenos por dia.
A mim custa-me cada vez mais sair de casa, o que somado ao facto de ter mesmo de sair todos os dias para lidar com os outros me faça sentir como um condenado que expia uma pena por existir.
Estou num dia bom, como já reparaste. Se quiseres, faz um diagnóstico. Eu não vou acreditar. Estou plenamente convencida de que sofro de bom senso (costuma ser um sintoma, não é?).
vistadalua

Vega said...

Que espectáculo!!!! Já estás a falar como uma psiquiatra a 100%! Parabéns! :)