Saturday, March 31, 2007

Quinta

das lágrimas, em fontes, no local onde os amores brotaram dores entre a alegria. Ascendeste após degolada ao fado da coroação. As águas continuam a correr, e alguns amantes a sofrer cegos do coração que outros preferiam não ver.

Alentejo

pouca terra pouca terra pouca terra hu huuuuuuuuuuuuuu a paisagem vai mudando de mansinho, os montes perdem as curvas, surgem extensas planícies. Verdes, espaços, sobreiros, sobreiros, verdes, espaços, ovelhas, bovinos a pastar. No bar, a olhar pela janela e a tomar um café falamos. pouca terra pouca terra pouca terra hu huuuuuuuuuuuuuuu Olá! Cabelos ao vento, sorriso aberto, e esse alegro presente. Beja revisitada, por toda história, num encontro com o passado até nos produtos menos esperados.... A barragem e a chegada. A capela, as minas, o moinho, o café, o restaurante, a discoteca. As gentes. Um acordar sonolento mas tardio. A largada. pouca terra pouca terra pouca terra hu huuuuuuuuuuuuuuuuu a paisagem vai mudando de mansinho, as planícies elevam-se e tomam forma, a vegetação modifica-se, as cegonhas permanecem, as aves de rapina, e falamos de encontros, de espécies, debruçamo-nos sobre a revista, o jornal. pouca terra pouca terra pouca terra hu huuuuuuuuuuuuuuuuuuuu E chegamos.

Tuesday, March 6, 2007

Emaranhada

Somos elos de ligação na corrente humana. Momentos de aparição na miséria ufana. Dás-me a tua observação e desprendes-te de preconceitos.
Fazemos nós com laços vários, e vós a eles não atados.
Arco-íris de mil cores, onde sete bastariam, somos mais que todos nós, somos vós se eles nos veriam.

Concreto

No término de uma semana repleta de saídas, ora em festas de aniversário, ora em visitas aqui e acolá, ou simplesmente no encontro com amigos, fomos ver a ópera La Traviata.
Já tinha visto Stiffelio, também de Verdi, e alguns bailados.
A sensação é magnífica, toca a orquestra e do palco representam-se cenas e as vozes erguem-se majestosamente em diferentes registos musicais - sopranos, tenores,... - para dar corpo a uma estória. Uma estória que percorre os tempos, que faz reflectir papéis, que toca a plateia, em número assomada perante o espectáculo.
No final os aplausos inundam a sala, e são vénias, e bravos, e levantados mais palmas.
Fecha a cortina.
Os meus olhos fecham também, foi uma longa semana, curta por sinal, e o sono vem de mansinho para recolher as estrelas que cintilam lá ao longe.